Texto Indutor da Campanha 2012 - Em busca da igualdade, estamos aqui.
Como deveremos chegar a este objetivo?
Com satisfação sinto-me orgulhosa e feliz em poder
colaborar como mãe, como gestora voluntária e como pedagoga, que há 32 anos faz
parte da trajetória desta entidade, a nossa Apae, que tanto luta pela pessoa
com deficiência intelectual e múltipla.
Estou orgulhosa porque como mãe, tive coragem,
sabedoria e felicidade de sair de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul e
vir para a Capital do Estado em busca de atendimento especializado para meu
filho Juliano Bernardi, hoje com 38 anos de idade. Naquela época o atendimento em pequenas
cidades do Rio Grande do Sul era precário, pois nossa entidade, Apae, estava recém iniciando suas atividades. Hoje, com o
crescimento e aprimoramento de nossa entidade posso afirmar que o modelo de
organização e qualificação das Apaes é um exemplo, referência no atendimento da
Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla em todo Brasil.
E por que isso acontece?
Porque temos nas comunidades, pessoas com espírito de solidariedade
e altruísmo, que acreditam e possibilitam à pessoa com deficiência condições para
seu crescimento e inclusão social. Através de campanhas e ações conjuntas com a
Apae valorizando e acreditando na potencialidade da pessoa que necessita de
apoio.
Porque temos o poder público que garante a cidadania
da Pessoa com Deficiência e reconhece em nosso movimento, entidade que presta serviços
de qualidade, realizando assim parcerias para manutenção de nossas escolas e cedência
de profissionais, através de ações conjuntas e projetos, proporcionando à
pessoa com deficiência seu passaporte para a cidadania e realização
pessoal. E para que isso aconteça,
dirijo-me às diretorias, ás famílias e aos alunos.
Por que a Diretoria?
Porque é através do trabalho voluntário com
responsabilidade, eficácia, transparência e comprometimento, que pais e amigos
da Pessoa com Deficiência, dedicam-se horas, dias, meses e anos de seu tempo à
gestão da entidade, oferecendo condições de apoio para o bom andamento da
entidade.
Por que as famílias?
Porque é primordial que a família, através de pais e
irmãos aceitem a pessoa como ela é se fortalecendo como casal e filhos, na
certeza de que iremos caminhar sempre juntos para frente, tropeçando as vezes,
caindo muitas, mas levando adiante nossa missão, nossa tarefa, nossa responsabilidade
na educação de nossos filhos. Acredite,
aceite seu esse filho, valorize o seu trabalho e o de nossa entidade, APAE, apoiando
os profissionais que atendem nosso filho, participando das atividades da
escola, pois se assim fizermos, tenho a certeza que o trabalho da APAE será
enriquecido proporcionando assim um serviço qualificado. Essa parceria escola-família é essencial para
que nosso filho seja capaz de ser feliz, e de conviver em sociedade, visto que
inclusão social deve ser iniciada dentro da família. Para que isso aconteça à
família deve ser comprometida com seu filho e também com a entidade para que
possamos dizer, estamos aqui em busca de
igualdade.
Porque os profissionais?
Porque nós, pais, devemos acreditar e valorizar o
profissional que presta serviço na entidade, que muitas vezes remove barreiras
na capacitação e qualificação pessoal para ampliar seus conhecimentos e
promover a aprendizagem de nossos filhos.
Por que aos alunos?
Porque é a razão principal do movimento apaeano. É pela
pessoa com deficiência intelectual e múltipla que existe a nossa luta, na busca
de bom atendimento e inclusão social, auxiliando e incentivando-os na sua
formação. Assim estaremos, respeitando sua individualidade, potencialidade e
suas limitações, favorecendo sua independência. Pequenos para alguns, mas
grande para outros. Ajudando-o no seu desenvolvimento como pessoa digna e capaz
de aprimorar o máximo seu potencial e expandir seus horizontes.
Não podemos deixar de pensar no significado do
trabalho que desenvolvemos, arregaçando as mangas, nos empenhando em realizar
novos projetos, novas ações, e propostas, procurando sempre agir, sempre
caminhar, em direção aos objetivos propostos.
Para que isso aconteça devemos ampliar saberes,
compartilhar experiência, voltar à atenção para o que acontece ao nosso lado e
acima de tudo caminhar lado a lado com afeto, com respeito, realizando assim um
trabalho de qualidade.
Se
fizermos isso, descobriremos que o possível é mais amplo do que parece. Se isso
acontecer, tenho a certeza que podemos dizer de peito aberto:
“Buscamos a igualdade, por isso estamos aqui”.
FONTE: http://www.apaebrasil.org.br/artigo.phtml/21202
FONTE: http://www.apaebrasil.org.br/artigo.phtml/21202
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