PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quem tem deficiência é capaz de muita coisa:ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente. A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz.

DEFICIENCIA VISUAL
O mundo pelo toque

A TURMA SE APRESENTA
Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que elas, uma por dia, o acompanharão ao pátio, ao banheiro,
até a perua escolar etc. Em geral elas se entusiasmam com essas incumbências.

VENCENDO OS MEDOS
É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais,
como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.

BRINCADEIRA EM DUPLA
Nas aulas de Educação Física, privilegie atividades feitas ao pares, como o pique-pedra, em que as duplas
têm de correr para não serem pegas e virarem estátua. Assim o colega ajuda na orientação espacial do aluno cego.

CAIXA MÁGICA
Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano, como retalhos de pano, pedaços de plástico,
perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar uma das coisas e descrevê-la diante da classE.

DEFICIENCIA MENTAL
O tempo de cada um

PROPORÇÃO
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental.
Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra
de acordo com o espaço.

INTEGRAÇÃO
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.

VARIEDADE
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos,
vídeos ou debates.

DEFICIÊNCIA FÍSICA
Sem obstáculos para o saber

BEM-ESTAR FÍSICO
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e o médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos
remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização de medicamentos.

HABILIDADES BÁSICAS
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se,
arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nos quais o aluno faça escolhas
(passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele perceba o controle que pode ter sobre o corpo.

INTERAÇÃO
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de
emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.

PEÇAS IMANTADAS
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.

Deficiência auditiva
Além do silêncio

ATITUDE DO PROFESSOR
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo (se ele souber ler lábios), escreva no quadro e utilize textos impressos.

INFORMAÇÕES EM IMAGENS
Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceitos e conteúdos (a classificação gramatical das palavras, a conjugação de verbos, os dias da
semana, os meses, as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada
assunto estudado.

GRAMÁTICA
Faça jogos com fichas sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê a pergunta e vê a resposta certa. Quem
errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para um aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante
pode ser feita recortando períodos ou frases de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso de palavras
que fazem a ligação entre os trechos.

COMPREENSÃO DE TEXTO
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas.
Faça também perguntas que remetam aos elementos da sentença: Quem? O quê? Onde? Assim, o aluno aprende a conjugação verbal e o uso de preposições, artigos e conjunções

Deficiência múltipla
Sentir a vida

ROTINA DA ESCOLA
Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdocego compreenda, aos poucos, sua rotina
escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta, o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com a ajuda do
professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos nas folhas de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e de ir embora.

RODA DE BRINCADEIRA
Observar o comportamento das crianças sem deficiência
ajuda aquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver.Por isso, faça jogos e brincadeiras
que reúnam a turma no final das aulas. Se o aluno com paraplegia, por exemplo, tem dificuldade para se movimentar, sente-o no chão (se o médico autorizar),
em roda com os demais, e proponha uma atividade em
que eles usem as mãos e os braços.

INCENTIVO AO MOVIMENTO
É possível estimular a criança de pré-escola que não engatinha. Deitada numa cama elástica, ela sente as oscilações causadas pela atividade dos colegas. Vê-los
engatinhando e rolando a leva a tentar os mesmos movimentos. Se o médico autorizar, deixe-a
o mínimo tempo possível na cadeira de rodas. Ela se sentirá instigada a se mexer ao se sentar com
os colegas num tapete ou tatame.

HISTÓRICO DO ALUNO
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as
brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar
das aulas oralmente.


Fonte: Revista nova escola -Edição Esp_011- Outubro 2006

Você já pensou sobre isto?

• Convença-se que todos os seus alunos sabem alguma coisa e que todos podem aprender, cada um de acordo com seu jeito e com seu tempo próprios;
• Tenha altas expectativas em relação a todos os seus alunos, pois eles só aprenderão se você acreditar que isso é possível;
• Renuncie à idéia de que somente você tem algo a ensinar na classe e acredite que seu aluno também tem seu próprio saber;
• Dê oportunidades para o aluno aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. Afinal, os alunos aprendem mais quando tiram suas dúvidas, superam incertezas e satisfazem curiosidade;
• Promova o diálogo entre os alunos e suas diferentes características étnicas, religiosas, de gênero, de condição física;
• Faça com que todos interajam e construam ativamente conceitos, valores, atitudes, em vez de priorizar o ensino expositivo em sua sala de aula.









Fonte:
PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO, O Acesso de Pessoas com Deficiência às Classes e Escolas Comuns da Rede Regular de Ensino, [artigo online] . 2003.

Quem não guarda a recordação de algum professor? Leia esta reflexão e, com certeza, você se lembrará de vários professores que marcaramsua vida.

Bom professor é aquele que valoriza todas as potencialidades do aluno. Este precisa sentir que é aceito, amado e respeitado. Sua atividade deve ser uma manifestação de ternura e vigor.
O bom professor, na construção do coletivo em sala de aula, educa para a responsabilidade, desenvolvendo a auto-estima e a autoconfiança.
O bom professor não sabe apenas transmitir conhecimentos, mas é o motivador, o articulador, o doador, o esclarecedor.
O bom professor é alguém que leva o aluno a reconstruir suas estruturas e a construir outras novas, não levando simplesmente à memorização e acumulação passiva de informações.
O bom professor implementa, cria e aplica atividades interessantes, ricas e variadas, em função das características, necessidades e realidades dos alunos aos quais serve.
O bom educador planeja e troca experiências com seus alunos, recupera e trabalha com a fala e as hipóteses destes, para melhor avaliar seu trabalho. Ele é capaz de coordenar esse processo que favorece o trabalho coletivo.
O educador consciente da importância do seu trabalho, da sua função, enfatiza, valoriza e incentiva o pensamento e a criatividade do aluno na resolução de situações diversas.
Todo bom educador assume o papel de problematizador, para que os alunos busquem novas conclusões, através do conflito. Dessa forma, ele leva o aluno a observar, comparar, classificar, analisar, sintetizar, interpretar, criticar, imaginar, aplicar, concluir, transferir, decidir...
Este educador, para oferecer uma aprendizagem de qualidade ao aluno, mantém um compromisso permanente:
  • com a melhoria do que ensina (valores, habilidades e conhecimentos);
  • com a melhoria de como ensina (métodos, técnicas);
  • com a melhoria dos materiais que usa para ensinar (livros, jornais, vídeos...);
  • com a melhoria das estratégias de avaliação (desempenhos, projetos etc.);
  • com a utilização de variadas tecnologias de aprendizagem e de ensino, na intenção de enriquecer a sua prática pedagógica;
  • com a participaçao em eventos, cursos de capacitação e atualização, de crescimento humano, social e profissional.
O bom educador não convive com fracassos, não avalia baseado no medo, nas notas, no erro, na crítica pura dos pontos fracos.
O bom educador, ao contrário, constrói um clima de estimulação, cooperação, autonomia, parceria, confiança e sucesso do aluno.
O bom educador, por fim, em uma sociedade transformadora e em constantes mudanças, forma cidadãos críticos e atuantes, trabalhando o aluno na sua totalidade e individualidade.
O bom educador promove assim um processo educativo que satisfaz e capacita o aluno a poder intervir, transformando e melhorando a sua sociedade.
Instituto Vicente Pallotti



Para Refletir :

  " Somos cientistas da ciência mais inexata:
Ciência Humana
Nossos procedimentos jamais serão matematicamente infalíveis
Uma vez que nosso sujeito
É mutável
Nossas técnicas para conhecer e atuar sobre o comportamento do outro
Serão mais eficazes na medida em que nos conhecermos
E nos modificarmos como resposta transformadora
De um ser que busca aperfeiçoar-se
Nossos avanços serão medidos não apenas
Pelos gráficos
Senão, também, pelas conversas verbais
E não verbais com nossos amigos
Os quais nos informarão se lhes está sendo
Gratificante aprender conosco
E nossas ações procedimentais deverão ser
Mescladas com sorrisos, toques e olhares
Inerentes a todas as situações onde pessoas
Se encontram para tecerem juntas
Uma nova realidade "



Maryse Suplino