PROJETO EM ANDAMENTO 2016

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Relato de Experiência: Um pouco do trabalho que venho desenvolvendo com a Sala de Recursos Multifuncionais.

Concorrendo na Categoria Ensino Fundamental Anos Finais ( público alvo de 11 a 14 anos), meu trabalho ficou entre os 7 finalistas.
Me orgulhei muito disso!
Divulgo então minha experiência com vocês:




SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS–UMA EXPERIÊNCIA   MULTIESPECIAL

                                                                               
1- JUSTIFICATIVA
Ao longo da história, as instituições educacionais sempre produziram uma trajetória de práticas excludentes pois delimitavam a escolarização como privilégio de um grupo e não de todos.
A educação Especial percorreu um longo caminho de descasos, desconhecimentos, maus tratos para chegar a Inclusão Social.
No Brasil, em 2008 finalmente é regulamentada através do decreto nº 6.571, de 17/09/2008 a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, fruto de debates promovidos pela secretaria de Educação Especial SEESP/ MEC com a comunidade escolar.
A Inclusão é uma realidade, mesmo que às vezes ainda não sendo colocada em prática em toda sua íntegra como a lei ampara, caminhamos para uma nova era, onde as vivências irão aprimorar as necessidades.
Acolher e preparar alunos com deficiência para que tenham condições de desenvolver-se com autonomia é um dos principais, se não for o principal objetivo da Inclusão. O Estado de Santa Catarina, neste contexto e em especial a Rede Pública Municipal de Ensino de Itajaí, apresentam grande preocupação na efetivação de melhorias para garantir a todos os educandos o acesso ao saber e o ensino de qualidade.
Para auxiliar as escolas de Ensino Regular na questão inclusiva, foi criado um espaço exclusivo com intuito de contribuir na estruturação da tarefa destinada a Educação Especial: As Salas de Recursos Multifuncionais.
Em 2010, nosso município deu início ao funcionamento das Salas de Recursos Multifuncionais e isso foi um grande salto no processo de Inclusão Escolar.
Ao assumir o papel de professora do AEE – Atendimento Educacional Especializado na Escola Básica Prefeito Alberto Werner, percebi que assumir uma Sala de Recursos Multifuncionais  não é assumir compromisso só com o educando e sua família.
É assumir compromisso com a escola, com a comunidade, com os professores, com os avanços na arte de ensinar.
Assumir uma  Sala de Recursos Multifuncionais é deparar-se com a inovação. Como diz MANTOAN (2003, p.81):
“ Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades”.
Assumir uma Sala de Recursos Multifuncionais é deparar-se com o desafio de através das ações em seu micro espaço, contribuir para uma sociedade no futuro mais justa que enxergará igualdade nas diferenças.
            Através das experiências inovadoras e dos desafios que se apresentaram no decorrer do percurso de minha prática pedagógica, foi possível escrever esse trabalho cujo objetivo é relatar como se deu o processo de avanços inclusivos a partir das atividades desenvolvidas pela Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Básica Prefeito Alberto Werner, suas ações e funções ou parcerias , contribuindo para obter uma educação especial de qualidade a partir de um atendimento especializado.
2-OBJETIVOS
2.1-OBJETIVO GERAL:
·    Contribuir para a qualidade da educação, medida pelo seu grau de inclusão, visando uma escola para todos
2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·      Fortalecer o Projeto Político Pedagógico, construindo uma proposta curricular mais próxima das realidades sócio-culturais da comunidade escolar, melhorando as estratégias de ensino – aprendizagem;
·      Criar condições de permanência dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais no contexto escolar, objetivando oferecer maior identidade e autonomia, bem como acessibilidade;
·      Garantir, aos educandos com deficiência de natureza física, intelectual ou sensorial, participação plena e efetiva de interação em todas as ações escolares, em parceria com a equipe técnico-administrativa da unidade de ensino;
·     Oportunizar que o educando se desenvolva em um ambiente lúdico na SRM, que respeite suas habilidades, bem como seus valores culturais e lingüísticos;
·     Produzir materiais pedagógicos adaptados às necessidades dos alunos atendidos no AEE;
·     Promover momentos de Formação Continuada aos professores na unidade escolar, através de palestras e reuniões com a professora do AEE.
3- Conteúdos Curriculares :
O trabalho realizado na Sala Multifuncional é de cunho pedagógico,objetivando avanços na dimensão cognitiva, afetiva,social e motora do aluno com necessidades educacionais especiais – ANEE. São desenvolvidas atividades envolvendo habilidades na área de linguagem, sensações, percepções, coordenação motora, atenção, concentração, memória, raciocínio lógico, nomeação e formação de conceitos, atividades de vida diária -AVDs, atividades que envolvam questões comportamentais e que auxiliem na sala de aula para a  aceitação do outro, tolerância à frustrações, exposição de desejos e anseios, etc.  Também foi desenvolvido  na Sala de Recursos Mutifuncionais da E.B. Prefeito Alberto Werner a Comunicação Alternativa, a Tecnologia Assistiva, a Produção de Materiais Pedagógicos Adaptados buscando constante intercâmbio e oferecimento de orientações aos professores que atuam com esses educandos no ensino regular.

            4- METODOLOGIA:
Ao assumir a Sala de Recursos Multifuncionais, várias ações foram planejadas e executadas. Irei relatar as nossas experiências sob quatro aspectos:
4.1- Os desafios provocados pela inovação:

  • Levantamento dos alunos que seriam público –alvo no atendimento educacional especializado, conversa com as famílias;
  • Levantamento e listagem dos Recursos Tecnológicos enviados pelo MEC para serem salvaguardados na responsabilidade da professora do AEE;
  • Reunião com os pais dos alunos envolvidos, para apresentação da SRM, do trabalho de AEE, conscientização da importância de efetivarem as matrículas de seus filhos  e da freqüência deles no contra tuno para melhor desempenho no ensino regular;
  • Entrevistas com as mães – ANAMNESES com objetivo de coleta de informações sobre o histórico de desenvolvimento do educando, costumes em casa, preferências, como é visto e tratado por sua família, entre outras informações.
  • Organização dos horários em período contrário ao ensino regular, priorizando a disponibilidade na agenda semanal dos pais;
  • Seleção com os professores de educandos com necessidades educacionais especiais para uma avaliação inicial, uma triagem em possíveis casos de educandos sem diagnóstico médico, mas que seria necessário encaminhamento ao Neuropediatra para uma avaliação neurológica;
  • Devolutiva da avaliação realizada pela professora do AEE à Direção, especialistas e professores envolvidos.
4.2-Ações para a efetivação do processo inclusivo:
    • Estudo e montagem do Projeto de trabalho pretendido com a Sala de Recursos Multifuncionais para 2011 na Unidade Escolar;
·     Realização de  pesquisa  com os professores regentes a respeito de quais  Intervenções e Ações estariam desenvolvendo na sala de aula, com os ANEEs, respeitando as suas necessidades educacionais especiais ;
·     Entrega de orientações escritas aos professores com  sugestões da professora do AEE a partir da pesquisa realizada, objetivando auxiliar o professor no desenvolvimento das habilidades do ANEE em sala;
·     Atendimentos aos ANEEs na SRM, priorizando atividades de sondagem, de verificação de habilidades do educando para a posteriori montar o Plano Individual de Trabalho – PIT , de cada um ;
·       Acolhimento à educandos e famílias, tornando acessível a comunicação com a professora do AEE;
·        Realização de  intercâmbio com o CEMESPI, Centro de Atendimento Alternativo de Itajaí , buscando informações referentes aos atendimentos clínicos já existentes e encaminhamento de  novos casos para avaliação clínica;
·      Pesquisa sobre as deficiências apresentadas  pela clientela da SRM e  socialização de informações com as professoras do Ensino regular;
·      Criação do Blog Sala Multiespecial com objetivo de divulgar o  trabalho de AEE realizado pela professora da SRM a toda a comunidade escolar interessada  em adquirir novos conhecimentos a respeito da Educação Especial, suas Legislações e questões inclusivas. Divulgação do link na comunidade escolar para acesso de todos (direção, pais, professores e alunos):   http://salamultiespecialdaandrea.blogspot.com/;
·       Visando competência para trabalhar com os ANEEs, participação da professora da SRM em Formações Continuadas, cursos presenciais e á distância, bem como ingresso e conclusão da Pós Graduação em Educação Especial totalizando em torno de 1.000 horas de Capacitação no ano de 2011;
·      Produção de materiais adaptados a cada deficiência, confecção de jogos, planejamento de atividades lúdicas, envolvendo literatura infantil, músicas, expressões artísticas para promover o interesse dos educandos na Sala de Recursos Multifuncionais;
·       Montagem de registros dos atendimentos através de PORTFÓLIOS DIFERENCIADOS voltados ao AEE e socialização dos portfólios dos alunos com professores e famílias, para acompanhamento do AEE;
4.3- Implementação do trabalho coletivo:
            Ninguém desenvolve um projeto sem parcerias, sem a participação de todos os envolvidos.Por saber da importância que uma gestão escolar ocupa em seu meio de ensino,procurei primeiro o apoio da Direção e da Supervisão Escolar da instituição de ensino:
“ Os desafios surgem para a direção e professores diante dos fatos sociais que acabam influenciando o ensino como um todo. A gestão escolar democrática representa um sinal significativo da necessidade de interação entre pólos distintos, como a escola e comunidade, para que se consiga atender às necessidades do aluno de forma adequada, privilegiando a união como integrante fundamental de mudanças.” (ZANLOURENÇO, SCHNEKENBERG, 2008, p. 05)
            Com o apoio da equipe de gestão escolar, organizamos uma Formação Continuada aos professores, subdividida em três momentos anuais.
            Primeiro Encontro - Reunião da professora do AEE com os demais profissionais no I Conselho de Classe: apresentação do projeto montado, esclarecimento de dúvidas sobre o papel da SRM, qual trabalho seria desenvolvido, que alunos atenderia, que contribuições poderia trazer ao ensino regular e ao educando com deficiência, quais necessidades educacionais especiais encontrávamos na instituição, informações sobre elas, bem como realização de momento de sensibilização  à questão inclusiva.
           Segundo Encontro – Reunião com a professora do AEE e todos os demais envolvidos no processo educacional. Tema: Avaliação dos ANEEs, trabalho com atividades adaptadas, maneiras de trabalhar com portfólios e ou registros diferenciados nos cadernos dos alunos. Sugestões e trocas de experiências.
            Terceiro Encontro – Estudo em grupo sobre a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva para incluir no Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar a proposta curricular organizada pelos professores, voltada para a educação inclusiva.Previsto para novembro de 2011.
             Em comemoração a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, realizamos a I Semana da Pessoa com deficiência na Escola Básica Prefeito Alberto Werner, que contou com a participação de todos os envolvidos no processo inclusivo. Divulgamos a Programação do evento a toda comunidade escolar.
Entre as atividades programadas para o evento, ressalto três que foram de grande interesse de todos os alunos:
A)    Conhecendo a Sala de Recursos Multifuncional: Com objetivo de divulgar o trabalho realizado pelo AEE e aproximar todos os educandos do uso de Recursos Tecnológicos e Tecnologia Assistiva, a prof. da SEM, realizou  através de um sorteio nas turmas de 1º ao 4º ano, atendimento em conjunto com dois educandos sorteados, promovendo jogos e uso do computador.
B)    Palestra sobre “ Deficiências – Importância do trabalho cooperativo para vencer as barreiras “-seguida de uma dinâmica de grupo na turma do 5º ano. Após confecção de Cartazes e exposições nos murais da escola.
C)    Hora do Conto aos alunos de 1º ao 4º ano, com literaturas infantis envolvendo as questões das deficiências.
4.4- Novas perspectivas para as práticas escolares:
·         Trocas entre os educadores: A partir de um trabalho coletivo, estabeleceu-se maior vínculo de confiança entre professora do AEE com os demais professores do ensino formal, resultando entre os profissionais parcerias, busca de informações, trocas, sugestões de como ADAPTAR as atividades aos ANEEs no dia-a-dia, produções de Materiais Adaptados a serem utilizados no ensino regular;
·         Criação de um espaço virtual – Professora do AEE e educandos montam um BLOG destinado aos alunos durante os atendimentos na Sala de Recursos Multifuncionais visando servir como um instrumento de divulgação do trabalho de Atendimento Educacional Especializado, como um meio de aproximação da  professora do AEEE com professores do ensino regular, como uma ferramenta de inclusão das famílias no processo ensino aprendizagem, como um recurso de avaliação de todos os envolvidos, como um instrumento  acessível a todos . Blog  http://construindonasalamultiespecial.blogspot.com/
Nesse espaço os  alunos irão pesquisar, ler, escrever comentários, expor suas produções nos atendimentos, opinar sobre o que desejam ampliar de conhecimento, construindo seu aprendizado no BLOG e tendo acesso às construções dos demais colegas.Os três alunos de idades mais avançadas (sexta e sétima séries) ficarão responsáveis pela digitação dos textos, dos atendimentos realizados a serem postados no BLOG, bem como aprenderão como postar imagens, documentos, configurar, organizar o design do Blog, fazer a leitura das estatísticas publicadas, etc. O objetivo dessa ação será o de estimular nesses ANEEs  a importância da responsabilidade, cumprimento de suas obrigações com o grupo, organização e atenção ao trabalho que executam e quem sabe contribuir para inseri-los com mais chances no Mercado de Trabalho.

5- AVALIAÇÃO:

Segundo a professora Maria Teresa Mantoan, a educação inclusiva preconiza um ensino em que aprender não é um ato linear, continuo, mas fruto de uma rede de relações que vai sendo tecida pelos aprendizes, em ambientes escolares que não discriminam, que não rotulam e que oferecem chances de sucesso para todos, dentro dos interesses, habilidades e possibilidades de cada um. Por isso, quando apenas avaliamos o produto e desconsideramos o processo vivido pelos alunos para chegar ao resultado final realizamos um corte totalmente artificial no processo de aprendizagem.
Ao contrário, quando optamos por avaliar aquilo que o educando é capaz de produzir, a observação, a atenção às repostas que o mesmo dá às atividades que estão sendo trabalhada, as análises das tarefas que ele é capaz de realizar fazem parte das alternativas pedagógicas utilizadas para avaliar. O processo de avaliação que é coerente com uma avaliação inclusiva acompanha o percurso de cada educando, suas evoluções, competências e conhecimentos.
Partindo dessa premissa, com o presente trabalho, ressalto a experiência pedagógica que buscou-se vivenciar em grupo e que já demonstra um novo olhar do educador aos direitos da pessoa com deficiência, ao compromisso do professor em primar por uma educação para todos.
Já percebe-se nova tomada de atitude de aluno para aluno, não mais discriminando, mas respeitando. Já sentimos uma nova forma dos pais conceberem o papel da escola, não somente o de repassar conhecimento, mas o de ser um espaço para todos que dele necessitarem.
“ Sem o trabalho coletivo, dificilmente consegue-se alcançar os resultados propostos, pois é a integração do grupo que permite uma intervenção para que se definam os objetivos a serem realizados e que cada um assuma, dentro da sua função, a responsabilidade de pertencer ao grupo”. (ZANLOURENÇO, SCHNEKENBERG, 2008)
Muito se tem a fazer ainda no AEE da EBPAW, mas a semente já foi lançada e uma pequena chama de vida buscando a solidariedade, o respeito ás diferenças, o trabalho em conjunto e a confiança de que todos podem aprender já está emergindo... Talvez no futuro, possamos colher os frutos das ações que uma  escola inclusiva refletirá na sociedade que esperamos. Eu fico muito satisfeita, de ter auxiliado a semear essa terra...

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZANLORENÇO, M. SCHNEKENBERG, M. Liderança e Motivação na Gestão Escolar: o Trabalho Articulador dos Diretores das Escolas Municipais, 2008.
                    
MANTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: o que é? Porque? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: Atendimento Educacional Especializado: Aspectos Legais e Orientações Pedagógicas. (org.) – Eugênia Augusta, Luísa de MARILLAC, Maria Teresa Mantoan. – São Paulo:MEC/SEESP, 2007.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1988.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Saberes e práticas da inclusão: Introdução. Coord. Geral l- Francisca Roseneide Furtada do Monte, I de Borges dos Santos – Brasília: MEC, SSESP,
BRASIL. Ministério da Educação. Inclusão. Revista da Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Secretaria de Educação Especial, v. 04, n. 05. Brasília: SEESP, 2008. disponível em: www.mec.gov.br. Acesso em 14 jul 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007.

Secretaria Municipal de Educação de Itajaí promove Prêmio Mérito Educacional .

" Em uma noite emocionante, a Secretaria Municipal de Educação premiou 21 educadores no Mérito Educacional 2011. O evento que ocorreu na última sexta-feira (21), reuniu, na Sociedade Recreativa e Cultural da Vila, entre autoridades, integrantes da Rede Municipal de Ensino e familiares, mais de 1.500 pessoas.
O Prêmio Mérito Educacional 2011 promovido foi uma forma de valorizar os educadores e alunos, divulgar experiências inovadoras que estão acontecendo em sala de aula e inevitavelmente, promover o surgimento de novas ações. Houve um número expressivo de profissionais, que com excelência vêm desenvolvendo suas atividades nas escolas, creches, núcleos educacionais de contraturno e Centro Municipal de Educação Alternativa de Itajaí, e que viram sua participação nesse prêmio como uma oportunidade de divulgar seu trabalho."


Com muita satisfação participei do evento enviando o trabalho: SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS-  UMA EXPERIÊNCIA  MULTIESPECIAL.








NOSSA ESCOLA PARTICIPOU COM OS TRABALHOS DE TRÊS PROFISSIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: PROF. SILVANA, PROF. ANDRÉA E PROF. TEREZINHA !


Foi uma experiência única! Não esquecerei...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Materiais produzidos pela professora Andréa para auxiliarem no trabalho de sala de aula da Professora Adriana

Para auxiliar os educandos João Carlos e Laelson nas atividades em sala de aula, a professora do AEE produziu materiais solicitados pela professora do 2º ano regular.
Foram entregues nessa semana!








Inclusão Escolar

" Pessoas com deficiência precisam e podem compreender a sociedade na qual vivem, assim como precisam fortalecer seus vínculos e formar atitudes e valores.
O envolvimento de todas as pessoas ligadas ao contexto escolar possibilita a melhor compreensão da condição da criança e suas necessidades, o que contribui para a desconstrução de mitos, de preconceitos e idéias errôneas que, muitas vezes, estão ligadas à deficiência."  - Sônia Casarin - www.sosdown.com 


Izabela participando da Hora do Conto



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entrega de Materiais Produzidos pelo AEE para auxiliar as Necessidades Educacionais Especiais dos educandos do 4º ano












Queridas Professoras, conforme sentirem necessidade de materiais adaptados ou para adequações inclusivas dos ANEEs nas atividades diárias, contem com meu apoio! Sempre que sobrar um tempinho nos atendimentos, coloco-me a disposição para produzir os materiais necessários!
Um abraço  - Professora Andréa Padilha

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Paper que escrevi sobre AUTISMO para conclusão de uma Formação Continuada

Atividades significativas na prática pedagógica a partir dos interesses da criança Autista.


O autismo é um transtorno neurobiológico, causado por uma disfunção do Sistema Nervoso Central, que compromete a capacidade da criança em estabelecer comunicação com o outro, compreender e falar, afetando assim o seu convívio social.
É considerado como síndrome (um conjunto de sintomas), por ainda não ter uma causa comprovadamente definida.
Do grau leve ao severo, o autismo apresenta sintomas que variam muito de uma criança para outra.
Conforme ,  ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando  também a intensidade .São eles:

1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Girar objetos
7. Cheirar ou lamber os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva – demonstração extrema ,aflição sem razão aparente
12.. Ecolalia (repetir  palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
13.. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
14. Agir como se estivesse surdo
15. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - Gesticular e apontar no lugar de    palavras
16. Não demonstrar  real noção do perigo
17. Irregular habilidade motora – Poder  não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

Existem métodos de estimulação para crianças autistas como o Método Son-Rise, mas que não é a meu ver, de todo adequado ao ambiente escolar.
Quais seriam então as atividades mais significativas , as adequações didático-pedagógicas  necessárias a contribuir para avanços no relacionamento social, na comunicação com a criança autista no âmbito escolar?
Para se estimular o desenvolvimento social e comunicativo da criança autista com o meio escolar é importante primeiro que o educador busque informações a respeito desse transtorno, para ter o entendimento de como é, como pensa e como age a pessoa com autismo.
O educador precisa ter ciência de que não irá ensinar o que ele quer que o autista aprenda e sim precisa perceber o que o autista quer aprender para ter um ponto de partida na ação pedagógica com essa criança.
É essencial entender os interesses, as escolhas dessa criança, para depois montar o plano de ação á partir do que ela sinaliza de preferências.
Nos aspectos educacionais é essencial garantir uma rotina diária estruturada a essa criança autista, tornar o ambiente da sala de aula, do prédio escolar previsível. Determinar os objetivos específicos de forma clara e definida do que se pretende alcançar com a criança, dentro de suas possibilidades mantendo a família informada.
            Procurar desenvolver uma comunicação com mais significados, focando sempre aonde, com quem, de que forma, também trabalhando com figuras e imagens, pois a criança autista necessita de um padrão de referência para melhor desenvolver a sua comunicação.
            Trabalhar as funções da comunicação com a criança, como: pedir, rejeitar, solicitar, comentar.
Interessante nesse contexto, o educador realizar um cronograma do dia utilizando figuras como referência, pois essa atividade auxilia na construção mental de tempo, baixa a ansiedade da criança autista e ajuda –a  a visualizar o que acontecerá.
            É importante pontuar para a criança a  atividade que está sendo realizada com ela, bem como estimular tomadas de atitudes através de questionamentos que o professor poderá fazer do tipo: você quer isso ou aquilo? Nós vamos agora ao banheiro ou para a merenda? E nesses momentos os recursos de comunicação alternativa , como pranchas de comunicação, caixa de antecipação são riquíssimos para avanços nas relações.
            Por fim, as adaptações em mobiliários, em instrumentos necessários ao trabalho com a criança autista na escola, devem fazer-se presentes para que se possa garantir um ambiente calmo e acolhedor a esse educando.
            Sabemos, enquanto profissionais da educação e agentes inclusivos que  nossas instituições escolares não estão de todo, preparadas para receber o autista, visto a dinâmica do espaço escolar ser cheia de imprevistos, barulhos, ruídos, com deficiências em mobiliários adaptados, mas já se tem o compromisso de garantir a essas crianças de início um cuidador (monitor), que constitui o profissional que poderá auxiliar o professor a organizar essa criança nesse ambiente da melhor forma possível.
            A experiência de trabalhar com uma criança autista é uma experiência ímpar, transformadora, que poderá trazer ganhos na prática pedagógica do professor que mostrar-se aberto a buscar recursos, estabelecer parcerias com atendimentos terapêuticos da criança(psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas) e manter intercâmbio com a família .
            Com sensibilidade e criatividade o educador poderá conseguir avanços significativos no desenvolvimento de seu aluno Autista.

 Andréa Regina Marques Padilha
Referência: Site  ASA ( Autism Society of American).:  http://www.autism-society.org/



sábado, 8 de outubro de 2011

Matéria veiculada pela Stúdio News TV sobre a nossa Sala Multiespecial



Título publicado na Revista Eletrônica: Manchete do Vale - Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011 - 13h30

As salas multifuncionais deixaram de ser um item a mais nas instituições de ensino. Agora elas são um atrativo para crianças com necessidades especiais que frequentam o ensino regular

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Texto montado pela profª Andréa a partir de orientações sobre Avaliações com ANEES para ser discutido em reunião com os professores da Unidade Escolar. Como avaliar?

Reflexões e Sugestões de adequações para alunos com necessidades especiais nas atividades em sala de aula. 
            Educação Inclusiva – Orientações pedagógicas
Maria Teresa Eglér Mantoan


A avaliação do desenvolvimento dos alunos também precisa mudar para ser coerente com as demais inovações propostas. O processo de avaliação que é coerente com uma educação inclusiva acompanha o percurso de cada estudante a evolução de suas competências e conhecimentos.
Em avaliações dessa natureza, apreciamos, entre outros aspectos, os progressos do aluno na organização dos estudos, no tratamento das informações e na participação na vida social.
Desse modo, muda-se o caráter da avaliação que, usualmente, é praticada nas escolas e que tem fins meramente classificatórios. A intenção dessa modalidade de avaliar é levantar dados para melhor compreensão do processo de aprendizagem e para o aperfeiçoamento da prática pedagógica. Para alcançar sua nova finalidade, a avaliação terá, necessariamente, de ser dinâmica, contínua, mapeando o processo de aprendizagem dos alunos em seus avanços, retrocessos, dificuldades e progressos.
Vários são os instrumentos que podem ser utilizados para avaliar, de modo dinâmico,os caminhos da aprendizagem, como: os registros e anotações diárias do professor, os Chamados  portfólios e demais arquivos de atividades dos alunos e os diários de classe, em que vão colecionando dados, impressões significativas sobre o cotidiano do ensino e da aprendizagem.
As provas também constituem opções de avaliação desejáveis, desde que haja o objetivo de analisar, junto aos alunos e os seus pais, os sucessos e as dificuldades escolares.
É importante também que os alunos se auto-avaliem. O professor precisa, então, criar instrumentos que exercitem/auxiliem os alunos a adquirir o hábito de refletir sobre as ações que realizam na escola e como estão vivenciando a experiência de aprender.
Esta é, sem dúvida, uma lacuna que a escola precisa preencher, pois temos dificuldade de analisar e de julgar a nossa produção intelectual, até mesmo nos níveis mais avançados de ensino. Dependemos muito da avaliação do professor sobre os nossos trabalhos e dificilmente a contrapomos com a nossa. A auto-avaliação deve levar o aluno a perceber o que conseguiu aprender e acrescentar ao que já sabia, conhecer as suas dificuldades para assimilar novos dados e o que é preciso superar para ultrapassá-las.

Em sala de aula, esse aluno deve ser avaliado da mesma forma que o aluno dito normal, no entanto o professor deve ter como parâmetro os progressos do próprio aluno e não dos seus colegas ditos normais. Desse modo, o professor poderá estabelecer metas individuais, traçar objetivos de aprendizagem em consonância com as potencialidades do aluno com deficiência intelectual. Essas metas orientarão a avaliação desse aluno, tendo como perspectiva o ponto inicial da sua evolução e as suas aquisições demonstradas por ocasião da avaliação. Essa avaliação deve ser ampliada para as diversas esferas do desenvolvimento da criança, tais como linguagem verbal, comportamento em sala de aula, interação com os colegas e a professora, compreensão do funcionamento da sala de aula e da escola, bem como a evolução na leitura e na escrita, considerando a psicogênese da linguagem escrita.

Para registro do desenvolvimento e da aprendizagem do aluno, o professor poderá adotar relatório descritivo, ou ainda utilizar o portfólio como forma de registro dessa evolução.
O relatório deve ser realizado através de um documento individual, no qual o professor exercita sua reflexão sobre processos vivenciados pelos alunos e sobre suas próprias práticas e mediações. Enquanto o portfólio possibilita a organização e o arquivo de registros das aprendizagens dos alunos. Essa seleção poderá ser realizada por eles próprios, com a finalidade de fornecer uma síntese do seu percurso ou trajetória de aprendizagem .

Fonte: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e letramento. Brasília, 2008.





Algumas sugestões práticas:
• Leia sempre ou peça para alguém ler o que está escrito no quadro ;
• Sempre que possível, também passe tarefa de casa ao ANEE (se não for a mesma que foi dada para a classe, que seja algo a partir dela) ;
Procure o apoio do professor especializado, que poderá sugerir adaptações nas atividades, explorá-las no AEE e acompanhar o processo de aprendizagem;
• Disponibilize com antecedência os textos e livros para  ao ANEE que tem por hábito estudar em casa ou recebe bastante acompanhamento familiar;
• Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, reduzidos, sintetizados dependendo da deficiência e desempenho do aluno;
• Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos que estão sendo trabalhados através de imagens, figuras que poderão ser trazidas com antecedência pelo professor ou solicitadas com uma certa antecedência a profª do AEE, que poderá auxiliar providenciando as imagens ao aluno, produzindo materiais a serem utilizados por ele em sala para melhor entendimento;
• Substitua gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
Isso também pode se dar para qualquer exercício muito complexo ao ANEE: adapte-o em quantidade e em complexidade para que ele, dentro de suas habilidades consiga realizá-lo e talvez avançar um pouquinho em seu desenvolvimento cognitivo.
• Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode realizar provas orais se tiver Dislexia, provas com questões reduzidas, levar questões de pesquisa para casa e entregar na aula seguinte, etc;
• Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes (isso deve ser respeitado e bem esclarecido para que haja aceitação perante o restante da turma;
• Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
• Ajude só na medida do necessário;
• Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo.
* Contar com o auxílio de um colega a cada dia, sentando junto, é muito válido ;
“ Os alunos tutores têm sido uma solução muito bem-vinda nas escolas, despertando nos alunos o hábito de compartilhar o saber. O apoio ao colega com dificuldade é uma atitude extremamente útil e humana que tem sido pouco desenvolvida nas escolas”.

• É sempre útil fornecer uma cópia dos textos que serão trabalhados com antecedência ou após  , para que sirvam de estudo, de referência no caderno do aluno que não consegue copiar junto com os demais;
• Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
* Para ensinar matemática, permita que o educando utilize o ábaco, o material dourado ou qualquer outro material concreto de contagem;
·  Solicitar que o aluno formule com suas próprias palavras o pedido do professor (favorecer o entendimento). Muitas vezes o educando não entendeu o que estava sendo pedido;
·  Interrogar freqüentemente o aluno sobre as orientações para as realizações da tarefa;
·  Outra técnica complementar que pode ser utilizada com bons resultados é o cálculo mental, que deve ser estimulado desde o início da aprendizagem e que será útil;
·  O ANEE pode ser avaliado também em momentos de registros falados, observações e vivências. O importante é haver a avaliação descritiva nesses  momentos pelo professor.