PROJETO EM ANDAMENTO 2016

PROJETO EM ANDAMENTO 2016
Visitem no Facebook

sábado, 15 de setembro de 2012

CONHECENDO ALGUMAS SÍNDROMES - Sueli Vidal - PARTE VII


34. Síndrome de Edwards

A síndrome de Edwards ou trissomia 18, é uma doença genética resultante de trissomia regular sem mosaicismo do cromossoma 18.
As características principais da doença são: atraso mental, atraso do crescimento e, por vezes, malformação grave do coração. O crânio é excessivamente alongado na região occipital e o pavilhão das orelhas apresenta poucos sulcos. A boca é pequena e o pescoço normalmente muito curto. Há uma grande distância intermamilar e os genitais externos são anômalos. O dedo indicador é maior que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés têm as plantas arqueadas e as unhas costumam ser hipoplásticas. Esta sintomatologia tem uma incidência de 1/8000 recém-nascidos, a maioria dos casos do sexo feminino, mas calcula-se que 95% dos casos de trissomia 18 resultem em abortos espontâneos durante a gravidez. Um dos factores de risco é idade avançada da mãe. A esperança de vida para as crianças com síndrome de Edwards é baixa, mas já foram registrados casos de adolescentes com 15 anos portadores da síndrome. Toda mulher, independente da idade, tem risco de ter um risco cromossômico em seu feto. A maioria dos pacientes com a trissomia do cromossomo 18 apresenta trissomia regular sem mosaicismo, isto é, cariótipo 47, XX ou XY, +18. Entre os restantes, cerca de metade é constituído por casos de mosaicismo e outro tanto por situações mais complexas, como aneuploidias duplas, translocações. Cerca de 80% dos casos são devidos a uma translocação envolvendo todo ou quase todo o cromossoma 18, o qual pode ser herdado ou adquirido de novo a partir de um progenitor transportador. Estudos recentes demonstram que, na maior parte dos casos (85%), o erro ocorre na disjunção cromossômica da meiose materna, e somente 15% da meiose paterna. O primeiro caso de trissomia 18 foi descrito por Edwards, no ano de 1960, daí o nome Síndrome de Edwards. Cerca de 30% dos portadores da Síndrome de Edwards demonstram algum comprometimento do sistema nervoso central, sendo os mais freqüentes: alteração do padrão dos giros cerebrais, alterações morfológicas cerebelares, mielomeningoceli, anomalias do corpo caloso e hidrocefalia. Os pacientes apresentam, normalmente, atrofia cerebral de graus variados, demonstrada na tomografia axial computadorizada de crânio
Esta doença genética pode ser diagnosticada ao nascimento, ou mesmo algum tempo depois, a partir de ser aspectos dismórficos (por se tratar de uma síndrome extremamente complexa, as más formações descritas na literatura são diversas, seguramente mais de 150), os quais podem variar ligeiramente, mas que constituem um quadro sintomático anatômico comum:
·         Hipertonia (característica típica);
·         Estatura baixa;
·         Cabeça pequena, alongada e estreita;
·         Zona occipital muito saliente;
·         Pescoço curto;
·         Orelhas baixas e mal formadas;
·         Defeitos oculares;
·         Palato alto e estreito, por vezes fendido;
·         Lábio leporino;
·         Maxilares recuados;
·         Externo curto;
·         Mão cerrada segundo uma forma característica (2º e 5º dedos sobrepostos, respectivamente, aos 3º e 4º dedos);
·         Pés virados para fora e com calcanhar saliente;
·         Rugas presentes na palma da mão e do pé, ficando arqueadas nos dedos;
·         Unhas geralmente hipoplásticas;
·         Acentuada má formação cardíaca;
·         Anomalias renais (rim em ferradura)
·         Anomalias do aparelho reprodutor;

35. Síndrome de Estocolmo

A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de seqüestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do seqüestrador.

A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de 23 de agosto a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. Duas das vítimas se casaram com os sequestadores após o término do processo. O termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele foi então adotado por muitos psicólogos no mundo todo.
A síndrome é relacionada a captura da noiva e tópicos semelhantes na antropologia cultural.
As vítimas começam por identificar-se emocionalmente com os sequestradores, a princípio como mecanismo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência. Pequenos gestos gentis por parte dos captores são frequentemente amplificados porque, do ponto de vista do refém é muito difícil, senão impossível, ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias e conseguir mensurar o perigo real. As tentativas de libertação, são, por esse motivo, vistas como uma ameaça, porque o refém pode correr o risco de ser magoado. É importante notar que os sintomas são consequência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afetividade e ódio simultâneo junto aos captores é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.
É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual à pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.
Não são todas as vítimas que desenvolvem traumas após o término da situação.
O caso mais famoso e mais característico do quadro da doença é o de Patty Hearst, que desenvolveu a doença em 1974, após ser seqüestrada durante um assalto a banco realizado pela organização militar politicamente engajada (o Exército de Libertação Simbionesa). Depois de libertada do cativeiro, Patty juntou-se aos seus captores, indo viver com eles e sendo cúmplice em assalto a bancos.
A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.
As bandas Muse e Blink 182 fizeram músicas inspiradas nessa síndrome, ambas chamadas Stockholm Syndrome.

Caso brasileiro notório

Outro caso foi o do sequestro da filha de Sílvio Santos, Patrícia Abravanel, que, ao dar entrevistas, lembrava com afeto dos seus captores) ou por pessoas detidas contra sua vontade – os prisioneiros desenvolvem um relacionamento afetivo com seu(s) captor(es). Essa solidariedade pode algumas vezes se tornar uma verdadeira cumplicidade, com os presos chegando a ajudar os captores a alcançar seus objetivos ou a fugir da polícia.

36. Fenômeno de Raynaud

Mãos com o fenômeno de Raynaud
Fenômeno de Raynaud é uma desordem de vasoconstrição que causa descoloração dos dedos das mãos e pés e ocasionalmente outras extremidades. É nomeada em homenagem ao médico francês Maurice Raynaud (1834 - 1881). A causa do fenômeno é desconhecida, mas sabe-se que o stress emocional e o frio são desencadeadores. Sabe-se que durante o tempo a descoloração segue um padrão: branco, azul e vermelho. Existe, entretanto, que é importante distinguir, a doença de Raynaud, na qual o fenômeno é idiopático (causa desconhecida); e a síndrome de Raynaud, na qual o fenômeno é secundário a algo tal como ocorre na esclerodermia dos rins.

Ligações externas

·         Fenômeno de Raynaud
·         Doença de Raynaud
·         Doença de Raynaud e Fenômeno de Raynaud (em Português do Brasil) ou Doença e fenómeno de Raynaud (em Português de Portugal)

37. Síndrome de Gilbert

A Síndrome de Gilbert se caracteriza por icterícia intermitente na ausência de hemólise ou hepatopatia subjacente. A hiperbilirrubinemia é leve e, por definição, inferior a 6 mg/dl. No entanto, a maioria dos pacientes exibe níveis inferiores a 3 mg/dl. São observadas consideráveis variações diárias e sazonais, e os níveis de bilirrubina ocasionalmente podem ser normais em até um terço dos pacientes.
A síndrome de Gilbert pode ser precipitada por desidratação, jejum, períodos menstruais ou estresse, como uma doença intercorrente ou exercício vigoroso. Os pacientes podem queixar-se de desconforto abdominal vago e de cansaço geral, para os quais não se encontra causa. Esses episódios se resolvem espontaneamente, não sendo necessário tratamento, exceto de suporte.

38. Síndrome de Horner

A síndrome de Horner ou paralisia óculo-simpática é uma síndrome clínica causada pela lesão ao sistema nervoso simpático.

Sintomas

Os principais sintomas são ptose (queda da pálpebra superior), miose (constrição da pupila) e ocasionalmente enoftalmia (afundamento do olho) e anidrose (transpiração diminuída) em um dos lados da face.
Em crianças a síndrome de Horner às vezes leva a uma diferença na coloração entre os dois olhos (heterocromia).[1] Isto ocorre porque uma falta de estimulação simpática na infância interfere na pigmentação da melanina dos melanócitos no estroma superficial da íris.

Causas

A síndrome de Horner geralmente é adquirida mas pode também ser congênita (presente ao nascimento) ou iatrogênica (causada por tratamento médico). Embora a maioria das causas sejam relativamente benignas, a síndrome de Horner pode refletir uma doença séria no pescoço ou peito (como o tumor de Pancoast ou dilatação venosa tireocervical) e conseqüentemente requer investigação. Principais causas:
·         Devido a uma lesão em um lado da cadeia simpática cervical, que afeta o mesmo lado da lesão
·         Síndrome de PICA
·         Cefaleia em salvas
·         Trauma - na base do pescoço
·         AVC
·         Infecção do ouvido médio
·         Tumores - Exemplo: Tumor de Pancoast
·         Aneurisma aórtico, torácico
·         Neurofibromatose tipo 1
·         Bócio
·         Aneurisma aórtico dissecante
·         Carcinoma de tireóide
·         Carcinoma broncogênico
·         Esclerose múltipla
·         Paralisia de Klumpke
·         Trombose do seio cavernoso
·         Simpatectomia
·         Siringomielia

39. Síndrome de Irukandji

A síndrome de Irukandji é um conjunto de sintomas que ocorre em centenas de pessoas todos os anos na região do Oceano Pacífico e que se pensa estar relacionado com encontros acidentais com animais cubozoários. A síndrome foi baptizada com o nome de uma tribo de aborígenes australiana que descreve, no seu folclore, uma doença inexplicável que atingia as pessoas que nadavam no mar. Os sintomas que compõem esta síndrome são:
·         Dores lancinantes que implicam a aplicação de anestesias cirúrgicas;
·         Náusea e vómitos convulsivos;
A síndrome foi descrita pela primeira vez em 1964 pelo médico Jack Barnes, que fez a associação entre os sintomas e os cubozoários. Para provar a sua hipótese, o Dr. Barnes tocou ele próprio numa Carukia barnesi (com cerca de 2 cm de diâmetro) e teve a oportunidade de descrever em primeira mão todos os efeitos da toxina do animal. A relação com os cubozoários é clara quando se acrescenta a esta sintomatologia a presença de cicatrizes vermelhas, típicas do contacto com os tentáculos destes animais, mas nem todos os acidentes resultam em marcas visíveis após o fim dos sintomas. Isto sugere que a síndrome de Irukandji possa ser a explicação para as mortes inexplicáveis que ocorrem todos os anos no Pacífico e que são normalmente atribuídas a ataques cardíacos ou afogamento.
A biologia dos cubozoários é ainda pouco conhecida e só há poucos anos se iniciaram estudos detalhados sobre estes animais. Apenas uma única espécie que até agora foi claramente associada a esta síndrome (graças aos esforços do Dr. Barnes), mas é quase certo que muitas outras a possam causar também. Por enquanto, não se conhece ainda exactamente o tipo de toxina que estes animais libertam, sabendo-se apenas que ataca o sistema nervoso central, nem há antídoto conhecido. O tratamento da síndrome de Irukandji baseia-se no alívio dos vários sintomas que a compõem.in:sindrome di Irucandji in:Irukandji Herzschlag

Nenhum comentário:

Postar um comentário